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Tartarugas Marinhas da Guiné-Bissau

A Guiné-Bissau é de importância global para a conservação das tartarugas marinhas, abrigando uma das maiores populações de tartarugas-verdes do mundo. A tartaruga-olivatartaruga-de-escama, e tartaruga-de-couro também nidificam nas praias dos Bijagós e existem importantes áreas de desenvolvimento para as tartarugas-verdes juvenis. A captura ilegal de tartarugas e seus ovos, as capturas acessórias de embarcações de pesca industrial e artesanal e o declínio do habitat de desova devido à erosão costeira, inundações, práticas de turismo desreguladas e predação por espécies invasoras são as principais ameaças.

tartaruga-verde, Chelonia mydas

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Distribuição na Guiné-Bissau

Na Guiné-Bissau, as tartarugas-verdes nidificam principalmente nas ilhas do Arquipélago dos Bijagós, com desovas recentes confirmadas em Formosa, Caravela, Unhocomo, Unhocomozinho, Orango, Bubaque, Canhabaque, Bubaque, João Vieira, Meio, Cavalos, Poilão e Cabras. elas desovam também em alguns locais da costa continental: no Cabo Roxo, na região de Varela e nas ilhas de Jeta e Pecixe, a Norte; e na ilha de Melo, a Sul. A maior parte dos ninhos concentram-se nas ilhas do Parque Nacional Marinho de João Vieira Poilão, com provavelmente mais de 90% das posturas colocadas numa única ilha pequena, Poilão. Poilão tem uma das maiores colónias de tartarugas-verdes do mundo, com uma média de 25000 posturas colocadas por ano. Tartarugas-verdes juvenis e adultas são também comuns nas águas costeiras do arquipélago de Bijagós, na Ilha de Bolama e em Varela.

 

temporada de desova

Na Guiné-Bissau, as tartarugas-verdes desovam principalmente durante a estação das chuvas, de Junho a Dezembro, com um pico de desova em Agosto e Setembro; no entanto, as desovas podem ocorrer ao longo do ano, com números menores entre Abril e Maio. A maioria das eclosões ocorre em Outubro e Novembro, quando a praia de Poilão fica cheia de tartarugas bebés!

Nome em Crioulo:  Tataruga preto

Nome em Bijagós  Etchunko  

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tartaruga-oliva, Lepidochelys olivacea

Distribuição na Guiné-Bissau

O local mais importante para a nidificação da tartaruga-oliva na Guiné-Bissau é o Parque Nacional Orango, no arquipélago dos Bijagós, com ca. 100 ninhos registrados por ano.

temporada de desova

Na Guiné-Bissau, o a tartaruga-oliva nidifica durante a estação seca, de Dezembro a Maio, com um pico de desovas nos meses de Janeiro e Fevereiro.

Nome em Crioulo: Pikinino  

Nome em Bijagó: Emvara  

tartaruga-de-escama, eretmochelys imbricata

Distribuição na Guiné-Bissau

Na Guiné-Bissau, as tartarugas-de-escama, ou tartaruga-de-pente, nidificam na Ilha Poilão, mas sua população lá é muito reduzida, com menos de dez ninhos por ano. A desova também ocorre em algumas ilhas do Parque Nacional Orango, como em Adonga, e nas ilhas Unhocomo e Unhocomozinho, no Ilhéu dos Porcos (a sul de Carache) e na Ilha Nago (parte do grupo de ilhas de Urok). Alguns casos de nidificação são também relatados em Varela, na costa continental, mas a extensão da população de nidificação no país ainda é desconhecida.

temporada de desova

Assim como a tartaruga-verde, a estação de nidificação coincide com a estação das chuvas, entre Julho e Dezembro, mas mesmo na estação seca ocorre a nidificação.

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tartaruga-de-couro, dermochelys coriacea

Distribuição na Guiné-Bissau

Na Guiné-Bissau, a tartaruga-de-couro desova preferencialmente nas praias do Parque Nacional Orango, como na praia de An-hôr, e nas ilhas de Unhocomo e Unhocomozinho, mas também foram registradas desovas noutras ilhas dos Bijagós.

temporada de desova

a temporadas de desova ocorre durante a estação seca, de Dezembro a Maio.

Nome em Crioulo: Gigante

Nome em Bijagó:  Djummeme

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As tartarugas marinhas existem há mais de 120 milhões de anos. Elas sobreviveram à extinção em massa que dizimou os dinossauros. Desde a pré-história, os humanos exploram as tartarugas marinhas, principalmente para o consumo da sua carne e ovos e para cerimónias religiosas. Outros produtos, como óleo, cartilagem e carapaça, também são utilizados ​​na medicina tradicional, ou para fabricar jóias e outros artigos de luxo. Isso levou a declínios populacionais em larga escala e a extinções locais.

 

Mais recentemente, novas ameaças tornaram-se extremamente importantes, comprometendo a sustentabilidade de várias populações em todo o mundo: a captura acidental de pescarias industriais e artesanais, a degradação de habitats devido ao desenvolvimento costeiro e turismo em massa, a erosão costeira, os plásticos e poluição por óleo e a introdução de espécies invasoras em áreas de reprodução.

 

Sete espécies de tartarugas marinhas sobreviveram até aos nossos dias: a tartaruga verde Chelonia mydas, a cabeçuda Caretta caretta, a tartaruga-de-escama Eretmochelys imbricata, a tartaruga-de-couro Dermochelys coriacea, a tartaruga oliva Lepidochelys olivacea, a tartaruga 'kemp ridley' Lepidochelys kempii e a tartaruga 'flatback' Natator depressus.

 

Com exceção da última, encontrada apenas nas águas costeiras da Austrália e Papua Nova Guiné, e da tartaruga kemp ridley, limitada ao Golfo do México e noroeste do Atlântico subtropical e temperado, as outras cinco espécies têm uma distribuição global, nidificando em praias tropicais ( C. mydas, E. imbricata, D. coriacea, L. olivacea) ou subtropicais a temperadas (C. caretta).

 

Seis das sete espécies estão classificadas na lista na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), seja como 'vulnerável' (tartaruga-cabeçuda, de couro e oliva), 'ameaçada' (tartaruga-verde) ou 'criticamente em perigo' (tartaruga-de-escama e kemp ridley).

Chelonia mydas

Eretmochelys imbricata

dermochelys coriacea

Lepidochelys olivacea

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